quinta-feira, 29 de julho de 2010

Arrematação de apartamentos sem as vagas de garagem

Por Daphnis Citti de Lauro*

As vagas de garagem podem estar na mesma matrícula dos apartamentos como unidade acessória. É quando, na certidão do registro de imóveis, consta a descrição da unidade condominial e em seguida, a existência de uma ou várias vagas de garagem para veículos, geralmente em local indeterminado.

Mas as vagas de garagem também podem ser unidades autônomas. Isso ocorre quando tem matrículas distintas dos apartamentos, possibilitando a sua alienação separadamente.

Quando o condômino não paga as taxas condominiais, é proposta contra ele a competente ação de cobrança. Com a sentença procedente, costuma-se penhorar a unidade condominial, uma vez que, independentemente de quem seja o proprietário ou da alteração da propriedade, a dívida recai sobre ela.

No caso das vagas serem unidades acessórias dos apartamentos, estarão elas compreendidas na penhora. Serão levadas às praças e, portanto, quem arrematar, estará arrematando o apartamento e suas respectivas vagas.

Na hipótese de serem as vagas unidades autônomas, a penhora recai sobre o apartamento tão-somente, se o valor deste for superior à dívida condominial. Não se penhora a vaga por ser ela outra unidade autônoma.

O artigo 659 do Código de Processo Civil prevê que “a penhora deverá incidir em tantos bens quantos bastem para o pagamento do principal atualizado, juros, custas e honorários advocatícios”.

Se o apartamento bastar para a satisfação do crédito, legalmente não há razão para penhorar também outro imóvel, com matrícula distinta (vaga de garagem).

Somente se fará outra penhora, no caso a vaga de garagem autônoma, se o valor do apartamento for insuficiente para a satisfação do crédito do condomínio.

Nesta situação, o apartamento será levado às praças sem vaga de garagem.

Levando-se em consideração que atualmente um casal com um filho só, tem geralmente dois veículos, quem arrematará um imóvel sem vagas de garagem? Ninguém.

E, por outro lado, o inadimplente ficaria com vaga, mas sem apartamento.

Como se resolve na prática? Ultimamente o problema tem sido apresentado aos juízes das ações, que tem se sensibilizado com o problema e, em sua maioria, deferido a penhora das vagas de garagem, ainda que sejam elas unidades autônomas. Antes, o eventual arrematante tinha que procurar o devedor que perdeu o apartamento, mas ficou com as vagas de garagem, propor a compra dessas vagas e sujeitar-se ao preço que lhe fosse pedido, pois não poderia ficar sem elas.

Outro aspecto a considerar, é que o apartamento com vagas de garagem tem um determinado valor. Esse mesmo apartamento, sem as vagas, tem valor muito inferior.

*Daphnis Citti de Lauro é advogado e autor do livro “Condomínio: Conheça Seus Problemas”, além de sócio da Advocacia Daphnis Citti de Lauro e da Citti Assessoria Imobiliária

Banco do Brasil é o mais caro para condomínios, aponta pesquisa

Da Redação do LicitaMais: A Superlógica, uma das maiores empresas do país no fornecimento de tecnologia para gestão de condomínios, apresenta esta semana pesquisa que revela o valor médio cobrado pelos bancos pela liquidação de um boleto. A diferença entre a menor e maior taxa chega a 277%.

De acordo com a pesquisa, o banco com a maior tarifa na cobrança de boleto foi o Banco do Brasil, com um valor de R$ 4,16 por boleto liquidado. Em segundo lugar vem o Bradesco (R$ 3,73) e, em terceiro, o HSBC (R$ 3,55). O Banrisul – com foco de atuação apenas na região Sul do país - foi a instituição com a menor tarifa: R$ 1,50 por boleto liquidado. A segunda menor identificada foi a do Bancoob (R$ 1,60) e a terceira, do Banese (R$ 1,61).

A pesquisa, realizada entre os meses de janeiro e junho de 2010, envolveu 317 administradoras de condomínios, usuárias do software Condor, em todo o país. A pesquisa levou em conta todos os tipos de carteira oferecidos pelos bancos às imobiliárias para calcular o valor médio.

Para o diretor de projetos da Superlógica, Carlos Cêra, é preciso que os administradores e síndicos estejam atentos e busquem sempre as melhores opções para minimizar custos. “Não se deve apenas analisar as taxas, mas sim a qualidade dos serviços prestados. Alguns bancos, que possuem as melhores tarifas, têm processos burocráticos, o que encarece o serviço”, afirma.

“Com essa pesquisa identificamos que uma das melhores opções é o banco Santander, com tarifa de R$ 2,18 e atuação em todo território nacional. O Banrisul poderia servir como alternativa apenas para condomínios na região Sul”, destaca.

A pesquisa foi realizada com o apoio total dos clientes e usuários do software Condor, que enviaram os dados automaticamente para análise. “Nós, como qualquer outro cliente de banco, gostaríamos de ter um comparativo entre as taxas que pagamos e as taxas que outros condomínios pagam, já que essas cobranças representam um dos principais custos num condomínio. O resultado foi tão discrepante quanto surpreendente, pois o valor variou bastante e a tendência é aumentar ainda mais com o DDA – Débito Direto Autorizado”, aponta Cêra.

De acordo com dados da Febraban (Federação Brasileira de Bancos), o DDA é uma inovação desenhada e implementada para contribuir com maior produtividade e eficiência do sistema bancário. A inovação substitui os boletos de cobrança por compensações eletrônicas pré-programadas. Para a Febraban, o novo sistema tende a eliminar o fluxo de papéis e as filas, além de simplificar processos e garantir a modernização do sistema, mas para os usuários a tendência é de aumento no valor das tarifas. “Apesar das facilidades propostas pelo sistema, as taxas cobradas para arquivo remessa são mais caras do que as taxas para as cobrança sem registro (que não usam remessa e nem o DDA)”, finaliza Cêra.

Banco do Brasil é o mais caro para condomínios, aponta pesquisa

Da Redação do LicitaMais: A Superlógica, uma das maiores empresas do país no fornecimento de tecnologia para gestão de condomínios, apresenta esta semana pesquisa que revela o valor médio cobrado pelos bancos pela liquidação de um boleto. A diferença entre a menor e maior taxa chega a 277%.

De acordo com a pesquisa, o banco com a maior tarifa na cobrança de boleto foi o Banco do Brasil, com um valor de R$ 4,16 por boleto liquidado. Em segundo lugar vem o Bradesco (R$ 3,73) e, em terceiro, o HSBC (R$ 3,55). O Banrisul – com foco de atuação apenas na região Sul do país - foi a instituição com a menor tarifa: R$ 1,50 por boleto liquidado. A segunda menor identificada foi a do Bancoob (R$ 1,60) e a terceira, do Banese (R$ 1,61).

A pesquisa, realizada entre os meses de janeiro e junho de 2010, envolveu 317 administradoras de condomínios, usuárias do software Condor, em todo o país. A pesquisa levou em conta todos os tipos de carteira oferecidos pelos bancos às imobiliárias para calcular o valor médio.

Para o diretor de projetos da Superlógica, Carlos Cêra, é preciso que os administradores e síndicos estejam atentos e busquem sempre as melhores opções para minimizar custos. “Não se deve apenas analisar as taxas, mas sim a qualidade dos serviços prestados. Alguns bancos, que possuem as melhores tarifas, têm processos burocráticos, o que encarece o serviço”, afirma.

“Com essa pesquisa identificamos que uma das melhores opções é o banco Santander, com tarifa de R$ 2,18 e atuação em todo território nacional. O Banrisul poderia servir como alternativa apenas para condomínios na região Sul”, destaca.

A pesquisa foi realizada com o apoio total dos clientes e usuários do software Condor, que enviaram os dados automaticamente para análise. “Nós, como qualquer outro cliente de banco, gostaríamos de ter um comparativo entre as taxas que pagamos e as taxas que outros condomínios pagam, já que essas cobranças representam um dos principais custos num condomínio. O resultado foi tão discrepante quanto surpreendente, pois o valor variou bastante e a tendência é aumentar ainda mais com o DDA – Débito Direto Autorizado”, aponta Cêra.

De acordo com dados da Febraban (Federação Brasileira de Bancos), o DDA é uma inovação desenhada e implementada para contribuir com maior produtividade e eficiência do sistema bancário. A inovação substitui os boletos de cobrança por compensações eletrônicas pré-programadas. Para a Febraban, o novo sistema tende a eliminar o fluxo de papéis e as filas, além de simplificar processos e garantir a modernização do sistema, mas para os usuários a tendência é de aumento no valor das tarifas. “Apesar das facilidades propostas pelo sistema, as taxas cobradas para arquivo remessa são mais caras do que as taxas para as cobrança sem registro (que não usam remessa e nem o DDA)”, finaliza Cêra.

terça-feira, 27 de julho de 2010

Breve Novo Condomínio



rua Pedro Gonçalves x rua Siqueira Campos (centro)

Breve Novo Loteamento Fechado - Jardim Esplanada 1



Próximo ao Colégio Objetivo e entrada pela rua Pref. José Luiz Teixeira de Camargo

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Convite da Panozon

Avaliação de imóvel ouve porteiro

Para liberar FGTS, comprador paga até R$ 1.000 por uma perícia da unidade que leva cerca de dez minutos

Revisão de norma que regulamenta vistoria está em votação na Associação Brasileira de Normas Técnicas

Rodrigo Capote/Folhapress

O engenheiro Eduardo Burger avalia um imóvel em Santa Cecília (centro de São Paulo)

EDSON VALENTE
EDITOR-ASSISTENTE DE IMÓVEIS

Quanto vale uma informação passada pelo porteiro ou pelo zelador do prédio? Na hora de definir o preço de um apartamento que será financiado ou comprado com recursos do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço), ela pode ser estratégica.
A avaliação do imóvel é obrigatória para contratar financiamento ou pedir liberação do saldo do FGTS para adquirir o bem.
É um engenheiro ou arquiteto do banco, ou de uma empresa indicada por ele, quem faz essa avaliação. "A Caixa [Econômica Federal] tem um quadro fixo de engenheiros e uma rede de credenciados", diz o gerente regional de Habitação Nédio Rosselli Filho.
Além de verificar características da unidade (como metragem e estado de conservação), o perito baliza o cálculo por preços de imóveis similares -de 16 a 20, em geral- no mesmo condomínio e na mesma região.
A vistoria do imóvel costuma ser apenas visual e leva cerca de dez minutos. Na pesquisa de unidades semelhantes entram dados fornecidos por empregados do condomínio -como zelador e porteiro- acerca do preço de venda de outros imóveis do prédio. Esses dados nem sempre são checados.
"Toda informação é importante. Usamos todos os meios para correr o menor risco possível", relata o engenheiro Eduardo Burger, dono da Avaliar Perícias e Avaliações Ltda., credenciada pela Caixa Econômica Federal.
"Mas o engenheiro descarta a informação que percebe ser mentirosa. [O descarte] vai muito do seu "feeling"."
Os bancos cobram de R$ 339 a R$ 1.000 pelo laudo, pagos pelo tomador do crédito ou solicitante do fundo.
Se ele não concorda com o valor auferido para o imóvel, pode pedir uma reavaliação, pela qual em geral pagará de R$ 250 a R$ 350 (o Santander diz, por meio de sua assessoria de imprensa, que não cobra por ela).

NORMA REVISTA
A avaliação é regida por uma norma, a NBR 14653, que está sendo revista pela ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas). A revisão deve ser votada até 30 de agosto e, se aprovada, entrará em vigor em setembro.
"As alterações tornam a norma aplicável em regiões com poucas informações para pesquisa", frisa Eduardo Rottmann, vice-coordenador da Câmara de Avaliações do Ibape-SP (Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias de Engenharia de São Paulo).
"Para a avaliação de imóveis em grandes centros, não haverá grandes mudanças."

sexta-feira, 23 de julho de 2010

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Neutralização de carbono é alternativa sustentável na construção de condomínios

Da Redação do LicitaMais:

Minimizar os impactos causados por novos empreendimentos tem sido o grande desafio do setor de construção civil nos últimos tempos. Com o segmento aquecido, os espaços reservados para novas construções aumentam e em contrapartida as áreas verdes vão diminuindo proporcionalmente.

Tendo como palavra de ordem a sustentabilidade, alguns condomínios têm investido em saídas sustentáveis para questões como o ar, a água e a energia elétrica, na busca constante pela redução dos prejuízos ao meio ambiente e pela garantia de uma melhor qualidade de vida para os moradores.

Entre as principais alternativas estão a reutilização da água, o uso racional da energia elétrica, energia eólica, blocos verdes e a ventilação natural. Medidas simples que vêm sendo utilizadas pelos profissionais da área na construção de novas obras.

Alternativa muito usada atualmente por seus resultados positivos são os programas de neutralização de carbono, que podem garantir à construção de um novo condomínio, por exemplo, o aval socioambiental, a preservação e o reflorestamento de matas nativas e até mesmo a preservação paisagística do local, quando possível.

Em Sumaré, região metropolitana de Campinas, um grupo de pesquisadores da Faculdade Network desenvolveu um método próprio para a compensação de carbono. O sistema pauta-se por metodologia científica desenvolvida dentro da faculdade e ancorada nas especificações técnicas da Organização das Nações Unidas (ONU) e nasceu da necessidade e da preocupação em minimizar a atuação negativa da própria faculdade.

“O projeto-piloto, implantado aqui, nasceu da conscientização ambiental e hoje é uma realidade. Todos sabemos que precisamos crescer com responsabilidade ambiental, é inaceitável uma gestão que não leve em conta o meio ambiente ou que não busque a sustentabilidade. Hoje queremos viver bem, recuperar a natureza e cuidar do nosso espaço também”, observa a diretora da faculdade, Tânia Bassani Cecílio.

A ideia cresceu e tomou forma. Agora, a Carbon Control é uma empresa voltada ao desenvolvimento de soluções ambientais, reflorestamento, consultoria ambiental e jurídica na área ambiental. “A Prefeitura de Sumaré e a Veccon Empreendimentos Imobiliários já conquistaram o selo Carbon Control. Já plantamos mais de seis mil árvores e anualmente são cerca de 600. Outras empresas dos setores de tecnologia, automobilístico e condomínios de alto padrão já estão analisando a proposta de neutralização”, comenta a diretora.

Para a técnica em meio ambiente da Network Estefânia Pavan, todos ganham com a neutralização, principalmente as empresas que geram maior impacto ambiental, pois hoje em dia as pessoas buscam, cada vez mais, adquirir produtos ecologicamente corretos. Nos condomínios, a implantação desse sistema, além de aumentar a qualidade de vida das pessoas, valoriza o imóvel, recupera a solidariedade, amplia a cooperação, a participação social e outros valores fundamentais para a convivência em sociedade. “O uso desta metodologia é gratuito, cabendo à organização arcar apenas com os custos operacionais, manutenção e ações socioambientais. O investimento poderá ser parcialmente deduzido do Imposto de Renda. Além disso, os projetos são personalizados e todo o processo é auditado a fim de garantir transparência e credibilidade”, finaliza a profissional.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Suspeitos de assalto a condomínio em SP são presos; motivo seria vingança

A Polícia Civil anunciou neste domingo (18) a prisão de três suspeitos de assaltar um condomínio de luxo no bairro do Morumbi, zona oeste de São Paulo, em 19 de maio.

Segundo os policiais da DRRCondomínios (Delegacia de Repressão a Roubo a Condomínios), o crime foi motivado por vingança. Um dos suspeitos era segurança do condomínio e, descontente com a demissão, teria usado os conhecimentos sobre o prédio para roubar dois apartamentos.

Após colher material nos apartamentos e declarações das vítimas, os policiais chegaram ao nome do ex-funcionário. Em buscas na casa do suspeito, encontraram uma joia que havia sido levada durante o roubo.

Segundo a polícia, ele aproveitou para entrar no condomínio no final da noite de 18 de maio. Sabia de um ponto no muro onde poderia colocar uma escada, que foi revestida nas extremidades para evitar riscos na parede.

Ainda de acordo com as investigações, o ex-segurança utilizou uma passagem de manutenção para chegar à cobertura, onde passou a madrugada e início da manhã do dia 19.

Às 11h, outros dois suspeitos teriam se unido a ele e assaltado o apartamento na cobertura e outro no quinto andar. Após o roubo, os criminosos prenderam as vítimas na cobertura.

O ex-segurança, seu irmão e o outro suspeito foram reconhecidos pelas vítimas e estão presos preventivamente. Segundo o delegado Antônio Carlos Heib, o ex-funcionário do condomínio assumiu que cometeu o crime por vingança.
Fonte : Folha de S.Paulo

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Adicional para porteiro vai elevar taxa de condomínio

Aprovado pelo Senado, o projeto de lei que garante adicional de periculosidade para porteiros e vigias de condomínios já cria polêmica até entre os funcionários. Caso o projeto seja aprovado também na Câmara, o empregado passará a ganhar 30% a mais e os moradores vão perceber um aumento médio de 5% no valor do condomínio, segundo estimativa das administradoras.

Para o vice-presidente do sindicato da habitação (Secovi-SP), Hubert Gebara, esse aumento não dará mais segurança nem para os porteiros nem para os moradores. "Não é só o porteiro quem corre risco (de violência, como destaca o projeto). Todos nós estamos expostos. Temos de investir na segurança do prédio, e não aumentar salários para isso", afirma, ressaltando que o gasto extra com pessoal vai ser repassado para o bolso do condômino.

Um estudo da administradora de condomínios Lello mostra que, hoje, 40% do que é pago de condomínio vai para a folha de pagamento dos funcionários. O salário base dos porteiros é de R$ 700 - e chegará a R$ 910 com o adicional de 30%. Segundo Gebara, o acréscimo pode ser irrisório para quem mora em prédios grandes, mas vai prejudicar sobretudo quem divide a conta com poucos vizinhos.

Receio. O presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Edifícios (Sindifício), Paulo Roberto Ferrari, acredita que a medida pode acarretar distorção nas funções do porteiro. "Se for ganhar mais para enfrentar bandido, sou contra o aumento", diz.

Nas portarias, o adicional ainda provoca dúvidas. Apesar do consenso geral de que a profissão é perigosa, há receio pelo acúmulo de funções. "Não se pode pagar porteiro para ser segurança. A maioria do pessoal não tem preparo", diz Donizete Soares, porteiro há oito anos de um prédio em Perdizes. Já para Rosailton Coelho, que cuida de uma portaria na Consolação, a segurança de um prédio depende da portaria. "Não adianta guarita blindada, câmera no portão. Nosso risco é constante", diz. Ele e o colega Raimundo dos Santos, que trabalha há seis meses em Pinheiros, ficaram felizes com a notícia do aumento. "O salário tem de ser compensador porque o trabalho exige 100% da gente."

Fontes: O Estado de S.Paulo

terça-feira, 13 de julho de 2010

Número de condomínios industriais crescerá 25% em 2010

O conceito de condomínios chegou de vez nos imóveis industriais. Os lançamentos de empreendimentos deste tipo somarão 489 mil metros quadrados neste ano, quase 25% do estoque existente no Estado de São Paulo, de 2 milhões de metros quadrados, de acordo com um levantamento da consultoria imobiliária Herzog. Nesta modalidade, as empresas dispensam um endereço exclusivo e suas unidades ficam em condomínios, lado a lado com outras companhias.

Os primeiros empreendimentos do tipo surgiram na década de 90, mas foi a partir do ano passado que o modelo ganhou força entre investidores e empresas. “Devido à instabilidade da economia brasileira, poucos investidores queriam apostar no segmento. Por isso, o estoque cresceu devagar nos últimos 15 anos” afirma Simone Santos, diretora de serviços corporativos da Herzog. Segundo ela, a maioria dos empreendimentos feitos até então foi construído sob encomenda para locação a uma empresa pré-determinada.


Com novas tecnologias, condomínios industriais ganham grife
Segurança e corte de custo atraem indústrias para condomínios
O aumento da confiança na economia brasileira mudou as perspectivas para o setor. A expansão das empresas brasileiras e a abertura de subsidiárias de grupos multinacionais no Brasil demandam mais espaços para o segmento industrial. A mudança de cenário aliada à redução da atratividade de aplicações em ações ou em renda fixa abriu espaço para investimentos mais arriscados, chamados de especulativos porque não há um locador pré-definido no momento do lançamento.


Uma delas é a Fulwood Empreendimentos, do empresário , que reúne 250 mil metros quadrados de área em cinco condomínios lançados _quatro em Jundiaí e um em Sorocaba. Schilis entrou no setor de incorporação no ano 2000, após atuar por 20 anos como executivo e empresário do setor industrial. “Sempre que eu precisava alugar uma área para a indústria, não achava locais prontos adaptados para o setor. Por isso, entrei neste mercado”, afirma.

Outra empresa que desponta neste segmento é a GR , que lançará dois condomínios industriais neste ano _64 mil metros quadrados no total_ e planeja outros dois para o ano que vem. Desde a criação da empresa, em 2007, um dos principais focos foi a prospecção de empreendimentos industriais para geração de renda via locação, afirma o gerente de incorporação da GR, André Gavazza.

Até mesmo a Racional Engenharia, focada no setor de construção civil, resolveu incorporar um condomínio industrial. “É um investimento de cunho estratégico, para diversificar a receita do grupo”, afirma Erika Matsumoto, gerente-executiva da empresa. Segundo ela, a Racional tinha um terreno há mais de 20 anos na região metropolitana de São Paulo e viu uma oportunidade de negócios com a construção do Rodoanel: a área fica no cruzamento da estrada com a rodovia Anhanguera. A meta da Racional é alugar o espaço para empresas logísticas, por um valor entre R$ 20 a R$ 25 por metro quadrado. Ao todo, o projeto receberá investimentos de R$ 250 milhões e terá mais de 100 mil metros quadrados de área construída.


Os investimentos são altos. O primeiro condomínio industrial da GR, lançado em Jundiaí, custou R$ 55 milhões. Os recursos são captados com investidores, que compram participações no empreendimento para posteriormente lucrar com os alugueis. O retorno oferecido é de, no mínimo, 15% ao ano. Neste empreendimento, a maioria dos investidores é pessoa física, afirma Gavazza. “Mas a tendência do mercado é uma migração para os investidores institucionais, como fundos de investimento e de pensão.”

A Petros, fundo de pensão dos funcionários da Petrobras, por exemplo, afirma que não possui participações em nenhum condomínio industrial no momento, mas estuda o segmento. “É um mercado com boa perspectiva de crescimento, com rentabilidades atrativas e contratos de longo prazo”, afirmou a instituição, em nota ao iG. A meta da Petros é aumentar de 2,33% para 4% a participação do segmento imobiliário na carteira de investimentos do fundo.

Corrida por terrenos

Assim como os demais segmentos do mercado imobiliário, a área industrial também vê uma corrida por terrenos. Neste setor, a competição é ainda maior, pois os condomínios devem ser lançados em locais estratégicos, de fácil circulação de mercadorias. Segundo a consultoria Herzog, a maioria está a um raio de 100 km da capital paulista e próximo às principais rodovias do Estado, como Anchieta, Bandeirantes, Castello Branco e em todo o Rodoanel.

As incorporadoras já reclamam dos preços de terrenos. Gavazza, da GR Properties, que atua em áreas próximas a capital paulista, estima que as áreas próximas ao trecho Sul do Rodoanel aumentaram até cinco vezes de preço. Além da limitação de áreas, o acesso restrito a rodovias reduz ainda mais a oferta de áreas e pressiona os preços dos bons terrenos.

Schilis, da Fulwood, concorda que os preços subiram, mas afirma que parte da alta é uma demanda real pelas áreas e outra é especulativa. “Os donos dos terrenos recebem várias consultas para venda e entendem que o mercado está demandado, por isso, querem cobrar mais”, afirma o empresário. “Mas os condomínios industriais são viabilizados de trás para frente, pelo preço do aluguel. Se o terreno for muito caro, a conta não fecha e as incorporadoras não vão comprar.”

Fonte : ig economia

Condomínio Villa das Praças - Indaiatuba SP

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Construtores temem bolha imobiliária

Enquete realizada com os usuários do portal PINIweb apontou que 47,52% acreditam que há motivos para temer uma bolha no mercado imobiliário, principalmente por conta dos preços inflados. Outros 24,52% dos participantes disseram que o problema pode acontecer em algumas regiões e segmentos.

Por outro lado, 14,54% responderam que não há o que temer porque temos crédito e demanda suficientes no mercado. Por sua vez, 7,45% afirmaram que estão habituados com o sobe-e-desce do mercado e 5,47% acreditam que isso é medo do sucesso.

O fato é que os preços inflados, a principal preocupação apontada pela pesquisa informal, já é realidade nas principais capitais do Brasil. Segundo dados da Embraesp (Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio) e dos Secovis (Sindicatos de Habitação) regionais, São Paulo registrou variação de 100% no valor de venda de residências nos últimos cinco anos. Já Brasília apresentou crescimento de 50% nos últimos anos e em Curitiba e Rio de Janeiro houve avanço de 100% no último biênio. O preço das unidades habitacionais em Recife também subiu 60% no mesmo intervalo.

O aumento do valor das unidades também tem estimulado o número de lançamentos imobiliários. Dados da Empraesp mostram que os quatro primeiros meses deste ano estão superando, em volume, os lançamentos feitos na capital paulista em igual período de 2008, ano que até então havia sido o melhor ano da série histórica apurada pela entidade. De janeiro a abril de 2010 foram 150 lançamentos com 18.789 unidades vendidas em São Paulo e região metropolitana, número que supera os 136 lançamentos e 16.865 unidades residenciais comercializadas dois anos antes.

Quanto ao tipo de imóvel, os dados apontam que em 2010 foram lançados 10.137 unidades com dois dormitórios, 6.371 de três dormitórios, 1.489 de um dormitório e 792 unidades com quatro ou mais dormitórios. Em 2008 esses números foram 6826 de dois dormitórios, 7138 com três dormitórios e 2596 com quatro ou mais dormitórios e 325 com um dormitório. Ou seja, em dois anos, houve queda acentuada nas vendas das unidades com quatro ou mais dormitórios, aumento pequeno de imóveis com um dormitório e um aumento expressivo de unidades com dois dormitórios.

Na opinião de João da Rocha Lima, professor titular de real state da Poli-USP (Escola Politécnica da Universidade de São Paulo), o Brasil não vive uma bolha imobiliária, apesar do mercado aquecido. De acordo com ele, esse tipo de constatação só acontece quando há uma demanda artificial, o que não é o caso do Pais. "Demanda artificial é gente comprando para esperar valorizar, sem o objetivo de uso. Nesse caso a demanda fica muito além do que o mercado pretende comprar para usar, e ai é possível ter um crescimento artificial de preços e consequentemente uma bolha. Nenhuma dessas situações parece estar configurada no mercado nacional hoje", afirmou.

Celso Petrucci, do Secovi-SP, concorda. "O limite do preço do imóvel é o limite do bolso do comprador. Estamos no início de um ciclo virtuoso, com massa salarial crescendo, mais empregos e acesso ao crédito. Tenho certeza que não estamos vivendo uma bolha", diz.

Já para Luiz Paulo Pompéia, diretor da Embraesp, é preciso tomar cuidado com a elevação surreal dos preços dos imóveis. "O mercado está próximo do limite máximo de alguns empreendimentos, e há alguns com preços abusivamente elevados. Se não houver correção, teremos prédios com falta de liquidez", finaliza.

Fonte: Piniweb