sexta-feira, 28 de maio de 2010

Condomínio de São Paulo deve ter garagem para carros elétricos

Em poucos anos, o consumidor brasileiro – acostumado com motores movidos a etanol, gasolina e GNV – terá mais uma opção: carros elétricos. A novidade movimenta o mercado. Não apenas o automobilístico, mas também os setores que serão beneficiados por esses novos veículos. Embora eles devam começar a chegar em 2015, um empreendimento de alto luxo em Alphaville, na Grande São Paulo, já tem previsto no projeto uma garagem adaptada para receber modelos elétricos.

A construtora do imóvel, a BKO, afirma que esse diferencial é pioneiro no mercado da construção, o que confirma duas realidades. Primeiro, que o setor energético do país viverá uma autêntica revolução muito em breve. Segundo, que a menos de cinco anos de começar a vender automóveis elétricos, as grandes capitais brasileiras estão atrasadas em relação à infraestrutura para receber a tecnologia.

No projeto imobiliário da BKO, cinco vagas terão estrutura para fiação e relógios de medição de consumo. Segundo o diretor superintendente da construtora e incorporadora de imóveis BKO, Mário Giangrande, a simples medida além de proporcionar a tomada para o carro ser plugado, evitará as intermináveis brigas de condôminos sobre quem irá arcar com o gasto energético.

“Pensamos em como estaria o cotidiano das pessoas em 2017. Por se tratar de um prédio de luxo, a probabilidade de um proprietário ter um carro elétrico é grande”, afirma Giangrande.

Novidade aqui, no Brasil. Segundo o vice-diretor do comitê de veículos de passeio da SAE Brasil (Sociedade dos Engenheiros da Mobilidade), Jomar Napoleão, no estado da Califórnia, nos Estados Unidos, já está na legislação que as construções novas devem ter adaptações para veículos elétricos, inclusive de shoppings.

Além do relógio para separar o consumo de cada proprietário, a própria tomada é um assunto importante dentro do mundo dos elétricos. O Mitsubishi i-MiEV, por exemplo, pode ser conectado em uma tomada comum. Entretanto, há modelos em desenvolvimento que têm sistema diferenciado. Por esse motivo, o governo em parceria com órgãos de normas técnicas terá de estabelecer um padrão.

“Essas tomadas diferentes vão passar por um tipo de normatização, como acontece no Japão, para haver um padrão convencional. O mesmo acontece com o plug para cargas rápidas, para não se repetir o que aconteceu com os carregadores de celular, em que cada marca tem um tipo diferente”, diz Maggion.

Fonte: G1 - http://g1.globo.com

Alphaville de Ribeirão não será cercado por muros

Em Ribeirão Preto, os 586 primeiros terrenos do futuro Alphaville da cidade do interior paulista foram vendidos em menos de duas horas, no fim de março. Mas a alegria das famílias que conseguiram uma área no condomínio mais cobiçado da região pode virar frustração. Segundo o Ministério Público Estadual, o loteamento não poderá ser fechado por muros e guaritas, como anunciam os corretores e o site do empreendimento.

A própria autorização da Prefeitura para os loteadores, emitida no dia 10 de dezembro, não permite o fechamento das ruas do conjunto, localizado em uma colina a 10 quilômetros do centro, numa área cercada por mata nativa e córregos. O contrato de compra recebido por quem adquiriu um dos terrenos também informa que o local será um loteamento, com a possibilidade de ser celebrado um acordo com as autoridades para a instalação das guaritas. A Alphaville Urbanismo também confirmou que serão permitidos muros somente dentro dos lotes privados.

Compradores. "A cláusula 21 já informa que é um loteamento, e não um bairro fechado. Aqui em Ribeirão não será um condomínio como o Alphaville de Barueri, fechado com guaritas. Mas quem comprou um lote tinha essa ideia. As pessoas, na ansiedade de comprarem um terreno no único dia das vendas, talvez não tenham lido direito o documento", afirma o promotor da Habitação Alberto Machado, que há duas semanas obteve decisão no Tribunal de Justiça de São Paulo que obrigou a derrubada dos muros de outros dois condomínios de alto padrão da cidade localizada a 313 km da capital, o Royal Parque e o Jardim Itanhangá.

Para quem gastou até R$ 800 mil para adquirir só um terreno, como a empresária do ramo de cosméticos Maurilice Andrade e Souza, de 42 anos, seria impossível prever que o loteamento não seria fechado por muros. "Comprei por causa da grife Alphaville. Uma tia minha mora aí em Barueri e pensei que o condomínio seria igual. Imagine que eu vou investir agora para construir uma casa e morar com a estrada ao meu lado, sem muro de proteção... Quero que tenha guarita como diz o site", afirma a empresária.

Perigo. "Eu comprei o terreno justamente para poder construir uma casa sem muros. Se o condomínio não vai ter controle de entrada, vai ser mais perigoso que morar na cidade, pois vamos estar do lado da estrada e numa casa sem muros", emendou o engenheiro químico Joel Palhares, de 36 anos, que comprou um lote de 622 metros quadrados por R$ 500 mil. "Tenho certeza de que as regras vão mudar até a inauguração do condomínio, em 2012. Isso eu aposto", diz o engenheiro.

O terreno do Alphaville Ribeirão tem o tamanho do Parque do Ibirapuera e fica ao lado da Rodovia SP-328, que liga Ribeirão ao distrito de Bonfim Paulista. Durante o processo de legalização do empreendimento, os construtores negociaram com o governo municipal a retirada de 400 pessoas de uma favela que ficava dentro da área do loteamento. Os empreiteiros vão construir um conjunto habitacional de casas para os moradores da favela.

Acesso. Em nota oficial, a Alphaville Urbanismo confirmou que serão construídos muros somente no interior dos lotes privados, e não em todo o entorno do loteamento, como já ocorre nos conjuntos da empresa em Barueri e em Santana de Parnaíba. O projeto de Ribeirão Preto, segundo a empresa, "foi elaborado com o objetivo de facilitar o monitoramento da segurança". "Portanto a área residencial do empreendimento terá apenas uma via como acesso." A nota, porém, não esclarece se serão construídas guaritas e uma portaria de controle de entrada, como informam o site e as imobiliárias credenciadas pelo empreendimento.

Fonte : O Estado de São Paulo

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Carro danificado na garagem do prédio: quem se responsabiliza?

Se o seu carro foi danificado e as regras condominiais não preveem ressarcimento de danos causados a bens dos moradores, a despesa será sua

•PROBLEMAS COM VAGAS NA GARAGEM Riscos na pintura, arrombamentos, roubo de estepes e aparelhos de som, pneus furados e cortados, carroceria amassada. Essas são apenas algumas das inúmeras reclamações recebidas pelo Sr. José Limeira, síndico de um prédio na zona oeste de São Paulo. Em um ano, ele recebeu cerca de dez queixas a respeito de danos em automóveis de condôminos, que, segundo os próprios, ocorreram na garagem do edifício.

A história do Sr. Limeira é mais comum do que se imagina. A relações públicas Daniella Corsi passou um sufoco por causa do seu carro em 2009. Um dia, ao sair para trabalhar, percebeu um risco branco em seu carro preto. No entanto, como não havia câmeras ou um vigia na garagem, o síndico não pôde fazer nada. "Gastei mais de R$ 200 reais com funilaria e pintura", conta. Depois disso, em assembleia, os moradores decidiram colocar câmeras para flagrar situações como essas.

Legislação
Até 2002, a Lei 6.491/64 era a única responsável por regular os direitos básicos dos condôminos, além da relação entre os vizinhos e a utilização de cada unidade autônoma do condomínio. "Entretanto, a lei apresentava somente linhas gerais com relação ao funcionamento do condomínio como um todo", conta a Emanuela Veneri, advogada especializada em mercado imobiliário.

A partir de janeiro de 2003, com a vigência do Novo Código Civil, alguns capítulos foram destinados a cuidar dos assuntos específicos de um condomínio. E o que diz a lei a respeito dos danos a automóveis?

Segundo o Daphnis Citti de Lauro, advogado especialista em imóveis e autor do livro "Condomínio: Conheça Seus Problemas", com a nova lei e segundo a jurisprudência estadual e federal, cada convenção condominial deve especificar em seu regulamento se o condomínio deve arcar ou não com avarias a bens de moradores, como um veículo. "Se a assembleia deixar claro que não se responsabiliza por tais danos, ela se isenta. Ou seja, se o seu carro foi danificado e as regras condominiais não preveem o seu caso, a despesa será sua", diz.

Segundo o Secovi-SP (Sindicato da Habitação de São Paulo), existem cerca de 40 mil condomínios no Estado de São Paulo. Desses, cerca 90% especificam em suas convenções a não obrigação pela cobertura de despesas com danos a automóveis, de acordo com dados do Sinconedi (Sindicato dos Condomínios e Edifícios, Residenciais, Comerciais, Mistos, Horizontais e Verticais do Município de São Paulo e Região).

Segurança
Fábio Kurbhi, vice-presidente da Aabic (Associação das Administradoras de Bens Imóveis e Condomínios de São Paulo) explica que sem provas ou testemunhas fica difícil acusar e ser ressarcido por qualquer tipo de deterioração a um bem.

“Faz-se importante a vigilância das garagens por câmeras de segurança. Aliás, estas exercem papel importante na hora de provar, assim como testemunhas se demonstrar que a avaria, dano ou furto foram, de fato, na área comum do condomínio”, diz Kurbhi.

Segundo os especialistas, se um segurança for contratado para vigiar a garagem e um morador sofrer algum tipo de prejuízo em seu automóvel ali, a lei prevê que o condomínio deve arcar com a reparação. "É um ato de vandalismo", afirma Kurbhi. Ele explica que, se existe autor do crime e você paga pela segurança do prédio contratando um vigilante, ou até mesmo um manobrista, o assunto deve ser debatido dentro do condomínio, em assembleia.

Alguns conjuntos têm uma administradora por trás que organiza e cuida dos interesses dos condôminos. A gerente de marketing da Lello Condomínios Angélica Arbex afirma que o papel da empresa é o de promover o entendimento. “Não pode haver interferência direta em questões pontuais entre os condôminos que não as de ordem de orientação". O advogado Daphnis de Lauro concorda com a gerente. "A administradora não pode resolver esse assunto. A pessoa lesada pode entrar com ação contra a outra pessoa que causou o dano se houver como provar, mas a administradora não pode responsabilizar pelo assunto", diz.
Fonte : UOL

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Elevador em reforma

Modernização do aparelho gera economia de até 40% no gasto de energia elétrica do prédio


Quando a manutenção mensal dos elevadores não consegue diminuir o índice de falhas em sua operação e as despesas com troca de peças, é hora de modernizar o equipamento.
Sua atualização tecnológica otimiza o tempo de viagem e possibilita ao condomínio uma economia de energia elétrica que chega a 40%, segundo Marco Antonio Saidel, professor de engenharia elétrica da Poli-USP (Escola Politécnica da Universidade de São Paulo).
Outros benefícios são a maior segurança aos usuários, a valorização do imóvel e a redução de custos de conservação.
Empresas especializadas oferecem dois tipos de modernização: o tecnológico, que faz a atualização de máquinas e de componentes necessários ao funcionamento do equipamento, e o estético, que consiste na atualização da cabine e das partes externas -porta e botões de acionamento do elevador.
"Na modernização tecnológica geralmente é substituída a máquina de tração, responsável pelo movimento", diz Francisco Bosco, diretor de operações da Atlas Schindler.
Fábio Aranha, presidente do Seciesp (Sindicato das Empresas de Conservação, Manutenção e Instalação de Elevadores do Estado de São Paulo), indica a atualização se o elevador tem mais de 20 anos, sobretudo pela falta de peças de reposição.
No condomínio em que o administrador Jorge Rugitsky é síndico, no Jardim Europa (zona oeste), o maquinário de dois elevadores sociais de 40 anos foi trocado, e suas cabines, modernizadas. As cabines de dois elevadores de serviço também foram reformadas.

Conservação
"Só a troca das máquinas custou R$ 200 mil", diz Rugitsky. Ele relata que a manutenção dos elevadores onerava muito o valor do condomínio, e os moradores viviam reclamando de panes nos equipamentos. "A conta de energia elétrica já baixou 35%", calcula.
A legislação municipal de São Paulo obriga o cadastro de cada elevador no Contru (Departamento de Controle do Uso de Imóveis) e a nomeação de uma empresa responsável por sua manutenção mensal (confira quadro da pág. 2).
"Essa manutenção evita defeitos como desnivelamento excessivo entre a cabine e o andar, abertura das portas sem que a cabine esteja no andar correto, paradas no meio do trajeto e não atendimento às chamadas", lista Edilson Rosin, gerente da Elevadores Otis.
A conservação não precisa ser feita pela fabricante do elevador. Outras empresas podem ser cotadas para realizá-la.

ROSANGELA DE MOURA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Dicas para evitar os atritos mais comuns

■ Procurações
Quem não tem tempo — nem vontade — para participar de reuniões condominiais pode transferir o fardo para outra pessoa por meio de uma procuração. Alguns prédios exigem que o documento seja registrado em cartório, com firma reconhecida. As procurações precisam ser conferidas pelos moradores a cada novo encontro. Inadimplentes não têm direito a voto.
■ Animais
Para evitar bate-bocas desnecessários, o regimento de um edifício deve determinar exatamente em que áreas cães e gatos podem circular e qual é o limite de bichos permitido em cada unidade. Uma regra clássica de etiqueta diz que moradores sem animais têm a preferência para usar os elevadores.
■ Barulho
A maioria dos estatutos de condomínio trata a questão do barulho de maneira genérica. Na falta de regras mais claras, use o bom senso. A política de boa vizinhança em prédios recomenda aos moradores tirar os sapatos ao entrar no apartamento e colar pedaços de feltro debaixo dos pés das cadeiras para diminuir ruídos.
■ Reformas da sacada
O fechamento de sacadas com vidro, como qualquer outra obra que altere a fachada de um edifício, deve ser autorizado pela maioria dos condôminos. Os moradores também precisam definir conjuntamente detalhes como a cor e a espessura do vidro que será utilizado.
■ Trabalhar em casa
É cada vez maior o número de paulistanos que monta escritórios em casa. A maioria dos condomínios, porém, proíbe os moradores de receber clientes, pois isso fragiliza a segurança.


Fonte: Veja SP - Daniel Salles